Em 1934, sob a organização de Gilberto Freyre, acontece no Recife o I Congresso Afro-Brasileiro. Neste, foi mostrada uma exposição de trabalhos de arte que evidenciavam a interseção entre várias expressões artísticas brasileiras e a cultura africana - na música, na culinária, no traje popular de algumas regiões, nas joias e adornos pessoais e na pintura.

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Nesse sentido, pôde ser observado que, historicamente, desde o início da colonização, a contribuição negra esteve presente de modo relevante nos ritmos musicais brasileiros, nas danças de roda ou na música que acompanhava o jogo da capoeira. Os ritmos musicais conhecidos como tipicamente brasileiros, como o samba, o choro e o axé, apresentam marcante influência africana; também, a música de compositores brasileiros eruditos,  como a obra do famoso Maestro Heitor Villa-Lobos. Até mesmo ritmos internacionais mais modernos, como o pop e o rock, recebem, na sua versão brasileira, esta influência. De Gilberto Gil a Paralamas do Sucesso, artistas têm bebido dessa fonte, seja no uso de determinados instrumentos ou pela aproximação com certos ritmos e gêneros musicais.

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Nessa pesquisa, AH!BANDA discute a influência africana na música brasileira em três partes: através dos artistas, dos instrumentos e dos gêneros e ritmos musicais. Uma das etapas fundamentais para entendermos e estudarmos a cena musical afro-brasileira é a análise da trajetória dos artistas negros do país e o seu impacto na comunidade negra e na sociedade brasileira como um todo.